Verdades e mentiras sobre Assassin's Creed (Parte 1)

Que Assassin's Creed é a franquia de games mais rentável, famosa e polêmica da atualidade todo mundo sabe, mas o que talvez você não saiba é que muitos acontecimentos na trama dos personagens da série são inspirados em acontecimentos reais, sim senhor, da história da humanidade. Confira à partir de agora tudo sobre a saga AC (até aqui) e alguns jogos paralelos. Entre na máquina do tempo e siga-nos (ok, foi desnecessário esse comentário).

Saiba o que aconteceu de fato e o que é uma "viagem" dos criadores do jogo na cronologia da ordem dos assassinos. Para criar o universo de Assassin's Creed, os produtores contaram com consultores, historiadores, especialistas e até remanescentes de tribos indígenas. Para ter o resultado que vemos nos games que conquistou milhões de fãs ao redor do mundo.


Assassin's Creed (2007)

Conhecemos o personagem encrenqueiro Desmond Miles e sua alucinante viagem no tempo. Com a ajuda da máquina Animus, ele revive a história de seu antepassado Altaïr Ibn-La'Ahad. Não apenas sendo o primeiro da saga, mas já de cara mostra todo o potencial do jogo, revelando a incrível tecnologia da Abstergo Industries, o conflito entre os Assassinos e Templários. A trama se passa exatamente na época em que ambos existiram de verdade. Dando atenção à realidade, o que torna o ponto mais alto da série desde o início.

AC: Altair's Chronicles (2008)

Este jogo lançado para Nintendo DS e Dispositivos móveis, mostra um prequel da aventura de altair. Desta vez, parece mais plataforma do que 3a pessoa.

Voltando a história original, vemos a Ordem dos assassinos e os templários, confiram 4 curiosidades sobre...

A Ordem dos Assassinos:

-Criada para eliminar inimigos políticos e religiosos, a ordem realmente treinou assassinos habilidosos desde a infância, como o fictício Altaïr. Inspirado na seita de Hashshashin, muitos dizem que a origem do nome vem de "usuário de Haxixe"; outra diz que se refere à Hassan, o fundador do grupo na vida real.
-Registros históricos indicam que o grupo realmente usou o castelo de Masyaf durante a terceira cruzada. A construção é retratada de forma semelhante no jogo, porém, não há registros que comprovem que a ordem tenha permanecido ativa depois do século 13 e muito menos se expandido para outros países, como no jogo.

Cavaleiros Templários:

No game, a filosofia dos templários precede o Cristianismo. Nos registroshistóricos, eles tinham a função inicial de levar peregrinos à Terra Santa. Assim como os Assassinos, os Templários tiveram suas origens no século 11, mas se firmaram mesmo no final do século 12, mas não há comprovação de que sua existência tenha ultrapassado o século 14, com o grupo dissolvido, muitos membros foram depostos ou executados.

Trailer:

Assassin's Creed II (2009)

O segundo jogo oficial apresenta aquele que é considerado por muitos o melhor personagem da saga, Ezio Auditore da Firenze. Desta vez a trama se passa na época mais importante e rica em conteúdo da humanidade, a do Renascimento. Ezio encontra com figuras importantes da época como Leonardo Da Vinci e Maquiavel. O vilão é Rodrigo Borgia, eleito Papa na época.

 Leonardo Da Vinci:

O maior inventor da história está presente no game,com suas invenções que vão de armas sofisticadas e diferentes a "máquinas que voam". Leonardo Da Vinci realmente desenhou algo parecido em pleno século 15, mas, ao contrário do jogo, nunca construiu um só projeto.

Caterina Sforza:

Conhecida como condessa de Forli, Caterina perdeu seu marido Girolamo Riario assassinado por membros da família Orsi na vida real e na virtual. A diferença é que, no game, ele foi morto por ser templário e por desagradar a esposa.

Lorenzo de Médici

Lorenzo, o magnífico, é governante da república Florentina e alvo de um atentado planejado pelos Pazzi. Ele escapa com vida e seu irmão é assassinado, tanto na vida real como na virtual. A diferença é que na história real, o atentado acontece dentro de uma igreja; na virtual, fora dela.

Nicolau Maquiavel:

No mundo real, ele contribuiu para a evolução da teoria política. No virtual, ele é um assassino essencial para a saga de ezio. Não há indícios de sua participação em alguma organização desse nível, muito menos a caça de figuras como Césare Borgia, que foi bem retratado em "O Príncipe" (1532), a maior obra do filósofo.

Rodrigo Borgia:

O líder dos Templários não era um sujeito muito amigável e também o chefão final do game. Na vida real, ele foi o Papa Alexandre 6 e sua reputação não era das melhores: ele chegou ao posto extorquindo, corrompendo e chantageando, para obter favores pessoais e para a própria família. Apesar de Rodrigo Borgia ser essa figura perversa, grupos católicos se ofenderam em como ele e a religião foram retratados no jogo, fazendo com que ACII sofresse um possível banimento ou recall em 2009.

Antonio Maffei:

Esse monge foi um dos integrantes da conspiração da família Pazzi no game e na vida real. Tanto no jogo, quanto em registros históricos, Maffei morreu executado depois de participar do ato. No game, o golpe final foi dado por Ezio.

Trailer:

AC II: Discovery (2009)

Lançado para Nintendo DS e IOS, a trama se passa 14 anos após os eventos de Assassin'a Creed II Mostra a jornada de Ezio na Espanha e sua luta na inquisição.

Assassin's Creed: Brotherhood (2010)

Lançado para PC, X Box 360 e PS3, se passa a maior parte do tempo do jogo em Roma e contém muitos elementos em comum com o jogo principal, incluindo a vilanesca família Borgia. Como se passa na Itália, com muitos personagens na trama, não podia faltar uma menção ao bigodudo da Nintendo. Tudo acontece quando o tio de Ezio, Mario Auditore reencontra seu sobrinho e solta a tão famosa frase: -"It's a me, Mario!"

Trailer:

Assassin's Creed: Revelations (2011)

Todos os grandes protagonistas e personagens dos jogos anteriores da série estão no presentes. Ezio parte para Constantinopla em busca das chaves que podem dar acesso a um artefato de altaïr. Jogabilidade não inova em nada e a trama é mais para explicar algumas coisas que ficaram para traz e dar um fim aos personagens da franquia.
Nada de novo ou revolucionário, mas satisfatório.

Trailer:

Assassin's Creed III (2012)

Após mais um salto de alguns séculos, a saga chegou à revolução Americana e a um protagonista totalmente novo e com sangue indígena: Ratonhnhaké:Ton, também conhecido como Connor. Em Assassin's Creed III, o ancestral de desmond Miles, personagem de ascendência Mohawk que luta contra os Templários durante a revolução americana, em pleno século 18, também conta com personalidades históricas e grandes ícones da humanidade.

Cultura Mohawk:

O comprometimento com a realidade nesse jogo é tão grande que a Ubisoft contratou membros da tribo Mohawk para ajudar na reconstituição da história, eles também ajudaram a construir alguns diálogos no idioma Kamien'Kéha. As frases foram legendadas e traduzidas em outros idiomas.

Realidade histórica:

Mais um jogo com muita história para contar e muitos personagens reais para interagir. Nesse jogo temos um número maior de personagens inspirados em figuras reais, cerca de 8/10 são personalidades reais. Umas pessoas mais importantes na história americana estão retratadas no game, como George washington e Benjamin franklin. Os uniformes dos soldados no game são bem semelhantes aos da vida real, bem chamativos e coloridos, isso seria para discernir os combatentes dos civis na época da revolução.

Não tão real assim:

No jogo, o soldado Thomas Hickey recebe ordens para matar George Washington. Historicamente, nunca foi provado sua participação neste tipo de conspiração. Também, omitiram no game, que washington ordenou a destruição de vilarejos iroqueses (nativos norte-americanos) em 1779, para não comprometer sua relação com Connor. Benjamin Franklin seria usado para fornecer armas e itens para Connor, mas a ideia for abortada. Na vida real, ele passou pouco tempo próximo à batalha.

Sem Fatality:

=A prática Mohawk de escalpelar seus adversários (ou seja, arrancar o couro cabeludo) foi deixada de lado (porque Assassin's Creed não é Mortal Kombat) e os desenvolvedores acharam brutal "demais"=

Trailer:

Assassin's Creed:Liberation (2012)

Inicialmente lançado para PS Vita, ser o primeiro a dar continuidade à trama principal no portátil e ser a continuação de AC III, a trama tem uma conexão tênue com "Black Flag".

AC:Liberation traz a primeira assassina da franquia, Aveline de Grandpe. De certa forma, a moça traz alguns dos elementos que tornariam Edward, o pirata de "Black Flag", um dos favoritos dos fãs: Aveline não se importa tanto com os Templários ou mesmo com a causa dos Assassinos. Sua luta é contra a escravidão no sul dos EUA, onde vive - tema parecido com o do elogiado DLC "Freedom Cry", de "Assassin's Creed IV".

Realidade desperdiçada:

"Liberation" lida com o tema da escravidão e faz isso melhor do que "Freedom Cry", o elogiado DLC de "Assassin's Creed IV". Mesmo que o jogo conte uma boa história de uma forma ruim, sem muita imersão no mundo dos escravos e na escravidão em si, o que poderia engrandecer e muito a trama se fosse bem utilizada, ainda assim a ambientação do sul dos EUA no século 18 é interessante e desperta curiosidade - até mais do que a Guerra da Independência de "ACIII".

Trailer:

Como ainda tem muito chão e informação para essa saga, e também ficou uma matéria muito grande e já estou à várias semanas escrevendo-a, como deve ter percebido, pois andei meio parado e escrevendo outras matérias, como avaliei, reavaliei, pesquisei e até mesmo virei algumas noites acordado, acho que devem ter gostado dessa primeira parte.

Dê uma ajuda compartilhando com os amigos para dar aquela força ou comente se gostaram ou não. Em breve, a segunda parte da matéria, pois muitas curiosidades ainda virão! ;}