Para quem não conhece o passado do gigante esmeralda, contarei um pouco sobre sua história para situar novos leitores.
Hulk já passou por diversas fases desde a sua criação em 1962 por Stan Lee. Claramente inspirado no clássico da literatura “Dr Jekyll and Mr Hyde” (também conhecido por aqui como O Médico e o Monstro), mostrava a vida do pacato cientista Dr. Bruce Banner que foi atingido por raios gama durante uma experiência militar de uma bomba.
Graças a esse acidente, o Dr. Banner passou a se transformar em um monstro selvagem e poderoso conhecido como Hulk, que despertava toda vez que o Dr. Banner ficava irado e despertava seu lado selvagem e incontrolável (e nada inteligente – que sempre rendia boas piadas quando o Hulk se encontrava com o Homem-Aranha, por exemplo – como esquecer sua famosa frase “Hulk Esmaga” ou “quanto mais furioso, mais forte Hulk fica”). Considerado um dos personagens Marvel mais poderosos das HQs, Hulk teve sua melhor fase nas mãos dos seus criadores, Stan Lee e Jack Kirby. Uma pequena curiosidade, a cor original de Hulk era para ser cinza, cor usada na primeira revista do personagem, mas mudada para verde na seguinte por problemas de impressão da cor cinza na época (que anos mais tarde geraria um bom arco de histórias, usando a versão cinza e um Hulk inteligente).
O Hulk ganhou desenho animado, série de TV, dois filmes, mas nos quadrinhos a coisa não ia muito bem, o personagem nunca foi um campeão de vendas, pelo menos não como os seus “irmãos” Homem-Aranha e X-Men. Depois de Stan Lee, um talentoso roteirista iria reformular a vida de Hulk, explorando melhor o personagem com ótimas histórias. Peter David ganhou reputação nos anos 80 ao criar um arco de histórias para a revista do Homem-Aranha conhecida como “A Morte de Jean DeWolff” (leiam urgentemente!). Logo depois ele largou o cabeça de teia para trabalhar com o Hulk, uma parceria que durou mais de 10 anos, e que fez o nome de ambos famosos e aclamados pela crítica e leitores.
Mas com a saída de David o título do verdão teve uma queda brusca de qualidade e por consequência de vendas, algo que vinha se arrastando até a pouco tempo, quando então no começo de 2006 a Marvel anunciou uma nova saga com o personagem intitulada Planet Hulk, escrita por Greg Pak (roteirista não muito conhecido, já trabalhou em TV e curte sci-fi – até já escreveu comics da série Battlestar Galactica) e ilustrada pelo filipino Carlo Pagulayan (confesso que me surpreendeu bastante!) também não muito conhecido. Um Hulk gladiador que irá enfrentar novos perigos em mundos distantes
Planeta Hulk teve seus embriões plantados em “The New Avengers: Illuminati” (que no Brasil foi lançada em uma mini-série em cinco edições), em uma história que mostra o Homem de Ferro tentando formar um grupo de heróis para lidarem com as maiores ameaças à humanidade. E uma dessas ameaças é justamente um furioso Hulk que lutando contra o Coisa (do Quarteto Fantástico) e acaba matando várias pessoas. Para acabar com a ameaça do Hulk de forma permanente, o Homem de Ferro reúne os Illuminati (um grupo secreto formado por Professor X, Doutor Estranho, Sr. Fantástico, Namor, Raio Negro e Tony Stark) e armam um plano, mandando o Hulk para um planeta desabitado, onde viverá o resto dos seus dias. Claro que nem todos do grupo aceitaram tal decisão, Namor se opôs rigorosamente, entrando em combate contra Stark e deixando o grupo com um declaração profética: “Banner voltará de onde vocês o enviarem e matará todos vocês! E ele estará certo!”.
Quem acompanhou as duas histórias, deve ter percebido que são dois roteiros distintos, em partes. Existem muitas diferenças entre o que acontece no gibi e o que acontece na animação. Planeta Hulk mostrará o Hulk completamente fora de seu elemento. Encalhado num mundo distante cujos habitantes são tão poderosos quanto ele. Assim, é possível sobreviver neste planeta hostil e, possivelmente, ter sucesso? Hulk é levado a um mundo selvagem, onde um império corrupto usa um combate sangrento de gladiadores como espetáculo para distrair seus cidadãos, disciplinar seus escravos, e se livrar de seus inimigos.
Até aí, tudo idêntico entre a hq e a animação, porém, a origem de personagens secundários e a batalha contra Beta Ray Bill na animação, e não do Surfista Prateado, como na HQ...uma pena, pois foi épico.
No gibi, recapitulamos a origem do Surfista Prateado e o motivo dele estar na arenas de gladiador com seres de todos os cantos da galáxia.
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Beta Ray Bill |
No longa, Beta Ray Bill não passa de um coadjuvante...um bom personagem, porém sem muita história.
Após a batalha, os escravos são libertos e Hulk e seus companheiros fogem e vão treinar em uma colônia dos refugiados, para a grande batalha contra o rei.
Tenho que destacar uma cena em que Hulk segura literalmente uma bomba atômica "na unha" e quase se sacrifica! Oo
É claro que por ser uma graphic novel, a dramatização é mais desenvolvida e, por ter mais tempo que um longa - metragem a história acaba por ter mais conteúdo. A animação vale a pena ser vista, sim, assim como a HQ, para os fãs do gorilão, é a história definitiva em que mostra o quão importante o personagem é para a Marvel. Já para os novos fãs, aproveitem!
Confira Planeta Hulk aqui:
Até a próxima...;} Comentários são bem vindos!
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